terça-feira, 29 de março de 2011

A Dança dos Descamisados

Vamos sair por aí
tentando se divertir
Dançando embriagados
a dança dos descamisados
Bêbados de vinho barato
e cheirando a cigarro de cravo
Sem nada pra fazer
e só o tempo pra matar
Com um real velho no bolso
pronto pra se embriagar
Essa é a nossa solução
pra essa vida chata
Vamos sair por aí
chutando lata
Vamos chamar aquela guria
Que conheci outro dia
O pai dela não vai gostar
Ele é assim
não gosta de mim
Só porque vivo na praia
e não saio do mar
Não tem jeito
eu não venço o preconceito
E esse é meu jeito
meu life style de viver
Vamos sair por aí
tentando se divertir
Dançando embriagados
a dança dos descamisados
Fazendo amizade
com os rotos esfarrapados
Sem nada pra fazer
e só o tempo pra matar
Com a eternidade pra viver
e o resto pra pensar
Fugindo dessa chatice
e dessa gente covarde
Já tô cansado dessa mesmisse
de sessão da tarde
E de não ter nada pra fazer
Vamos sair por aí
tentando se divertir
e fazendo acontecer
Dançando embriagado
a dança dos descamisados
Bêbados de vinho barato
e cheirando a cigarro de cravo
Com um real velho no bolso
pronto pra se embriagar
Caindo pelas esquinas
pronto pra se levantar
Vamos na casa daquela guria
que eu quero cantar
Foda-se se o pai dela não gostar
esse é meu jeito
eu sou assim mesmo maloqueiro S.A.

28/03/2011

@bobsleno123


terça-feira, 15 de março de 2011

Eu Vou Pegar o Busão

Só chuva
Só chuva
Só chuva nessa porra
Eu vou pegar o busão
e vou pra casa da minha vó
Fica logo alí adiante
No pico de uma colina distante
Acima das nuvens de chuva em questão
Eu vou pegar o busão
e vou pra casa da minha vó
Só chuva
Só chuva
Só chuva nessa porra
Eu vou pegar o busão
e vou pra casa da minha vó
Eu vou pegar o busão
e vou pra casa da minha vó
Fica logo alí adiante
No pico de uma colina distante
Acima das nuvens de chuva em questão
Lá é sempre verão
Eu vou pegar o busão
e vou pra casa da minha vó
Só chuva
Só chuva
Só chuva nessa porra
Eu vou pegar o busão
e vou pra casa da minha vó
Eu vou pegar o busão
e vou pra casa da minha vó
Onde é sempre verão
Vovó é uma velhinha sangue bom
Curte rock pauleirão
e de canabis sativa tem uma plantação
Eu vou pegar o busão.

04/01/03

@bobsleno123

sábado, 12 de março de 2011

Tô Cansado

Tô cansado de toda essa canseira,
dessa sujeira
Que não fede e nem cheira
Mas polui nossas crianças
E mata a esperança
de uma pátria falida
Que não sabe andar no trilhos
Bêbada e caída
na esquina da vida
Estuprada pelos próprios filhos
Eu tô cansado
Desses ídolos consumidos pelo consumismo
Nossas crianças estão perdidas
Morando sozinhas
junto com os pais
Espremidas em calças coloridas
Fazendo amigos invisíveis
em redes sociais
Escondidas em comunidades virtuais
Eu tô cansado de você
tentando me convencer
Que tá tudo bem e ainda vai melhorar
O mínimo é o máximo que vocês podem nos dar
Pare de mentir
Papai do céu vai te castigar
To cansado desse chá de cadeira
Dessa canseira, dessa sujeira
Que não fede e nem cheira
Só cheira mal
no nosso quintal
Com esgoto pra nadar
e lama pra comer
Somos ratos domesticados
prontos pra sobreviver
Tô cansado dessa censura
Que me abre a ferida
e retarda minha cura
Me proíbe de fala palavrão
E me obriga a engoli toda essa putaria
feita pelo grande irmão
Tô cansado de ter de assisti
horário ridículo até na Mtv
Tô cansado de fazer de conta que não vi
Que tem um palhaço
querendo me fazer sorrir.

12/03/11
@bobsleno123


terça-feira, 8 de março de 2011

Rock Futil

Fiz um rock fútil pra tí
Em um guardanapo sujo de breja
Em cima de uma mesa de bar
E eu não vou parar de cantar
Até você me ouvir
Mas não vou mentir
Eu canto mau pra cacete
Fiz um rock fútil pra tí
Falando da gente
E eu não vou parar de cantar
Até você me beijar
Meu rock é fútil
Tem rimas banais
Não fala nada de mais
Mas não volto atrás
Eu corro atrás
Não deixo nada pra trás
Fiz um rock fútil pra tí
Em cima de uma mesa
Suja de cerveja
E não vou parar de cantar
Até a gente fugir a francesa
Pra mim poder te amar
Quero chupar a sua língua
E comer a sua mente
Eu canto mal pra cacete
Fiz um rock fútil pra tí
Pra te fazer sorrir
Pra te trazer pra mim
Eu não vou parar de cantar
Até você vir aqui
Fiz um rock fútil
Com rimas em desuso
Nem um pouco útil
Usando do meu abuso
Eu não vou parar de cantar
Até você me amar
Foda-se se você não gostar
Vou ganhar pela insistência
Vou te encher a paciência
Trocar ideia com sua voz da consciência
Vou ser inconseqüente
Vou comer a sua mente
Se prepare
Eu canto mal pra cacete
Fiz um rock fútil pra tí
Em um guardanapo sujo de breja
Em cima de uma mesa de bar
Eu não vou parar de cantar
Até você me amar
Não que eu seja otimista
Mas todo rockeiro tem um "que" de narcisista
Eu canto mal pra cacete.

06/03/2011
@bobsleno123