segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Outono Calado

Outono Calado

A ventania que vai para aí
Leva no vento
Os diversos versos
Que fiz pra tí

Leva as palavras
Que soltei no vento
Para serem livres
Para poderem voar

Leva as poesias
que larguei no tempo
Para ficarem a escolha
Do todo-poderoso Deus "Dará"

A ventania que venta forte
Como dois corações apaixonados
Nos traz a brisa
Que sopra no rosto
O frio do outono calado

O outono que cala
Nos deixa sem fala
Nos rouba as palavras
E bate na cara

A ventania passou por aqui
Na velocidade de um moleque
Correndo atrás de uma pipa
Sendo seguido pelos seus
Com as mãos para o alto
E os olhos olhando
Para os olhos de Deus

Tudo isso por que são os anjos
Que fazem o vento soprar
E é o sopro do vento
Que fazem as pipas
Se empinarem pelo ar

A pipa é o ponto máximo da liberdade infantil
e o cordão que prende a pipa ao menino
É o cordão umbilical que prende o filho pródigo
A boa mãe que lhe pariu

As avenidas são longas e amplas
Para a gente poder voar
Os prédios são altos e grandes
Por causa da imensa vontade do homem
De se refugiar no ar

A porta da rua
É a serventia da felicidade
Sendo assim
O olho da rua, nada mais é
Que o olho mágico da liberdade.

24/05/04

@bobsleno123





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